Acompanhantes Florianopolis:
Bruna trabalhava na biblioteca da escola e era conhecida como a
“chatice em pessoa”. Era totalmente organizada e odiava fazer coisas
erradas, tudo era levado à risca, inclusive a organização em seu local
de trabalho. Há alguns dias havia mudado de turno, não conhecia muito
bem as pessoas, mas queria mostrar desde o começo que ela mandava ali,
mas não foi bem assim que aconteceu. Em seu primeiro dia no novo turno,
Bruna conheceu o Lucas, o típico marrentinho. Alargador, barriga sarada,
1,80 altura, sorriso perfeito e uma birra incontestável. Lucas era
conhecido por ser impulsivo e fazer tudo errado, desobedecendo todas as
regras.
— Ei garota nova, da pra colocar uma música ai? – gritou para Bruna de uma das mesas. Ela virou-se indiferente e seguiu até ele.
— Tenho nome, Bruna. E não sei se você reparou, mas isso é uma
biblioteca, não uma casa de show. Agora por favor, fale baixo ou terei
que expulsá-lo.
Ele começou a sorrir com os amigos e levantou as mãos em sinal de
rendição. Bruna virou de costas e saiu. 10 minutos depois, e ele volta a
perturba-la.
— Ô Bruninha, onde ficam os livros de Kama Sutra?
Ela simplesmente o ignorou. E novamente ele gritou.
— Bruninha, aquele filme, foi inspirado em você: “Bruna surfistinha?”
Ela não aguentou e irritada se aproximou dele.
— Okay, você gosta de bancar o engraçadinho não é? Também sei jogar esse
jogo. Por favor, saia da biblioteca, você está suspenso daqui. – falou
com um sorriso no rosto.
Ele levantou da cadeira e aproximou seu rosto ao dela. Bruna nem se quer moveu-se, continuou olhando-o nos olhos.
— Você não pode me suspender daqui… – brincou ele.
O sorriso em seu rosto agora era um tanto maléfico.
— Claro que posso. Agora saia!
Ele simplesmente começou a rir e saiu da biblioteca, seguido de seus
amigos, que ao passarem por ela, a olharam de cima a baixo. Ao virar-se,
todos da biblioteca a observavam, mas ela ignorou e sorriu sem graça.
(1 hora depois)
— A professora pediu que eu pegasse este livro aqui. – uma mão colocou
um papel com dois nomes escritos encima do livro que Bruna lia, era o
Lucas. Ela o olhou séria.
— Sério mesmo? Não falou a professora que você está suspenso daqui?
Ele revirou os olhos.
— Vai me dar os livros ou não?
Ela o encarou por alguns segundos, então levantou-se de sua mesa e seguiu até o fundo da biblioteca, ele foi atrás.
— Aqui está o livro. – ela virou-se para entregar-lhe, mas levou um susto de tão perto que ele estava. Lucas sorriu.
— Que foi Bruninha?
Ela revirou os olhos e começou a sair, quando ele segurou seu braço. Ela olhou a mão do Lucas séria e um tanto irritada.
— Da pra me soltar?
Ele sorriu.
— Por que tanta marra?
— Marra? – ela riu. — Ta de brincadeira né? Você que é insuportável. Agora me solta!
Ele sorriu com maldade e a puxou para perto.
— Você nem me conhece. Como pode me achar insuportável?
Ela o olhou confusa e tentou novamente se soltar.
— Me solta, já disse.
Ele então a beijou com vontade. Ela mordeu sua boca e o empurrou para trás.
— Ai garota! Você ta louca? – falou indignado e colocou a mão na boca. Ela começou a rir e ele a olhou.
— Ta achando graça?
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